Na hora de otimizar uma página web, seja qual seja a estratégia de marketing que sigamos, é preciso ser consciente sobre quais são as exigências do Google.
Nem tudo se trata somente de chegar aos primeiros lugares nos resultados e ganhar backlinks. Satisfazer ao Google também passa por atender a um dos principais critérios do Google: permitir que seus usuários tenham acesso a informações precisas, únicas e escrita por especialistas. É exatamente por isso que os algoritmos são continuamente melhorados e modificados para que cada página tenha a exposição que merece.
Infelizmente, é aí que a nossa preocupação aparece: podemos ser penalizados. Às vezes, essas penalizações são merecidas, se a técnica usada para otimizar um site é ilegal ou não atende aos requisitos do Google. Entretanto, mesmo que este seja seu caso e você saiba que está fazendo algo errado, pra tudo existe um remédio.
O que é uma penalização do Google?
Uma sanção do Google é refletida pelo impacto negativo no ranking de pesquisas de um site, já que o mesmo não está em conformidade com as atualizações dos algoritmos do Google e/ou revisão manual.
A penalização pode ser um subproduto de uma atualização dos algoritmos ou uma penalização intencional por causa de alguma prática de SEO negativo/Black Hat SEO.
Se o tráfego do seu site sofreu uma queda súbita e, portanto, piorou no ranking, isso provavelmente aconteceu porque você recebeu uma sanção do Google.
Reconhecer uma sanção ou penzalização do Google
Ninguém quer ficar mal na fita com o Google, portanto, devemos seguir os requisitos de seus algoritmos ao pé da letra e, para isso, devemos começar a entender as razões pelas quais você pode ser penalizado pelo Google. São onze, no total.
Antes de começar … O que é Black Hat SEO ou SEO negativo?
SEO negativo ou Black Hat SEO é o conjunto de práticas ou técnicas antiéticas para melhorar o posicionamento do seu site ou sabotar o posicionamento do site de um concorrente nos motores de busca.
Entre as técnicas mais comuns de black hat SEO, encontramos:
- Copiar conteúdo de outros sites;
- Comprar links para seu site;
- Usar links demais partindo de sites de spam;
- Ocultar palavras ou textos do usuário;
- Tendo conteúdo de baixa qualidade, e empregar as palavras-chave de forma pouco natural;
- etc.
Um dos casos mais conhecidos é o da Trendhim, uma empresa dinamarquesa de acessórios masculinos que, há um ano, foi vítima de um ataque negativo de SEO, no qual foram feitos mais de 8500 links à sua página, relacionados ao uso do termo “pornografia”. Esta é a prática mais comum no SEO negativo, tentar fazer o Google acreditar que uma página é pornográfica para que ela perca posições no Ranking, portanto, diminui suas vendas e aumenta as de um concorrente.
1) Penalizações do Google Penguin: Compra de links
Se perguntássemos a todas as pessoas que têm uma página web se elas já compraram algum link, o que será que diriam? Que sim ou que não? Possivelmente os “não” seriam poucos.
Muita gente acha que a compra de links não é um problema, que não há nada errado nisso, já que o Google nunca vai saber se pagamos por um link ou não. Mas, é isso mesmo? A resposta é: não. Comprar links é a mesma coisa que manipular nosso perfil de links (backlink profile). Ou seja, pode ser entendido como SEO Negativo, mas meio que ao contrário, pois neste caso, estamos comprando links para o nosso site de forma intencional e com anchor texts indicados por nós mesmos.
O Google adotou medidas rigorosas para lutar contra essas ações, prejudicando a presença e o prestígio de cada site. E foi dessa forma, que em 2012, o ‘pinguim’ – o Google Penguin – se encarrega de eliminar as páginas que têm links não naturais, de sites com baixa autoridade como diretórios e que apresentam otimização excessiva do texto âncora.
2) Penalizações do Google Panda: conteúdo duplicado
As Penalizações do Google Panda surgiram em 2011 e têm a ver com tudo relacionado a Conteúdo.
Mais uma vez, qual o objetivo do Google? Oferecer o melhor conteúdo para os usuários. O conteúdo duplicado é o melhor conteúdo? Obviamente, não. Quanto mais conteúdo duplicado uma página tiver, menos o Google vai gostar dela. O buscador entende os sites com conteúdo duplicado como algo que não tem utilidade para os usuários e vai deixar isso muito claro quando o fizer desaparecer dos resultados.
O plágio não é a única coisa que o Google leva em consideração ao analisar o conteúdo de um site, a qualidade do material tem uma importância igual ou ainda maior. Você tem que tentar ser original e inovador ao publicar conteúdo. Por que investir tempo e esforço em algo que os usuários podem encontrar em outros sites?
Estes são os principais motivos que fazem o Pagerank de um site cair, se o conteúdo não for bom, os motores de busca terão uma imagem ruim da web. É importante garantir que o conteúdo seja único e bem escrito. Para isso, você pode usar ferramentas como Copyscape, CopyGator o Plagium.
Duplicar conteúdo não tem a ver somente com copiar e colar literalmente, outra das penalizações do Google Panda da qual poucos estão cientes é a do content spinning: ou seja, pegar um texto, reescrevê-lo de outra forma e apresentar como conteúdo original, ainda que se trate de algo já feito. Ainda que muita gente acredite que não, o Google também penaliza.
3) Google Panda: conteúdo de baixa qualidade
A qualidade do conteúdo do seu site é um aspecto fundamental para melhorar no ranking dos motores de busca e ganhar backlinks naturais. Quanto mais informações o seu site oferece aos leitores, mais qualidade terá.
Na hora de criar os conteúdos para sua página, você deve ter em mente que é preciso ser tão informativo quanto possível. Inclua todos os pontos possíveis para que os leitores não tenham que consultar outros sites para encontrar mais informações.
Se sua página tem conteúdos de qualidade, fica claro para seus leitores que você é um especialista no seu campo de atuação, e isso vai fazer com que o público volte a visitar sua página para buscar mais informações. A mesma coisa acontece com o Google. O motor de buscas é consciente da qualidade do seu conteúdo e do esforço dedicado a oferecer o melhor para os leitores, e já que você quer fazer a mesma coisa, não vai se queixar de ganhar posições nos motores de buscas.
Tente entender que há milhares de sites e de conteúdos disponíveis em cada nicho da Internet. No entanto, o Google só pode classificar as 10 principais páginas da Web de qualquer tópico na primeira página dos resultados do mecanismo de pesquisa. O resto das páginas fica enterrado nos outros resultados da pesquisa.
Como regra geral, podemos dizer que nosso amigo Panda não gosta de páginas com menos de 300 palavras.
4) Cloaking: conteúdo distorcido
A técnica de cloaking consiste em distorcer o conteúdo acessado pelos motores de busca quando eles analisam a página, ao criar um conteúdo com camadas e fazer que os motores de busca acreditem que seu site tem a ver com outra coisa, por meio do uso de redirecionamentos enganosos.
Esta técnica faz com que os rastreadores do Google acessem conteúdos diferentes do acessado pelos usuários e é severamente sancionado pelo Google quando detectada.
4) Keyword-Stuffing: uso excessivo de palavras-chave
Mais uma vez, esta é uma das técnicas mais comuns no Black Hat SEO. O Google analisa as palavras-chave presentes em cada site e atua de acordo. Se o número de palavras-chave for incomum, a web será penalizada, uma vez que uma alta densidade de palavras-chave é um sinal de que o conteúdo é de má qualidade.
Tecnicamente, isso se chama “keyword-stuffing” e o que o Google procura ao evitar essas práticas é que o conteúdo seja útil e valioso para o usuário, tenha uma linguagem natural que permita ler e entender. Assim, se o texto usa sinônimos e palavras relacionadas, será muito mais valioso para o Google do que se ele repete uma palavra-chave sem sentido de forma permanente.
Isso é importante tanto para gerar conteúdo quanto ao criar backlinks para um site. Há cinco anos, tudo era baseado na quantidade de links, e não na qualidade. Isso agora mudou e o Google recompensa a qualidade dos backlinks recebidos mais do que a quantidade deles.
Levando isso ao nível das palavras-chave, até alguns anos atrás, uma técnica amplamente utilizada pelos especialistas em SEO para posicionar uma página era usar o mesmo texto âncora para todos os links e fazer o Google entender em que termo queríamos posicionar-nos. No entanto, desde a atualização do Google Penguin, o uso excessivo de um texto âncora é altamente penalizado.
É por isso que aconselha-se evitar sempre usar a mesma palavra-chave no texto âncora. Para fazer um acompanhamento mais detalhado dos textos âncora e do perfil dos links, é aconselhável usar ferramentas como Aherfs.
6) Google Penguin: troca de links
A troca de links consiste em colocar um link para um site em seu site e, em troca, o outro site faz a mesma coisa, só que para sua página.
Atualmente, as trocas de links não são tão efetivas quanto costumavam ser. Os motores de busca estão mais inteligentes e esses links identificam este tipo de prática. Ao participar da troca de links, você corre o risco de ser penalizado ou mesmo banido pelos motores de busca. Mais uma vez, isso pode ser entendido como uma técnica para manipular o Pagerank.
7) Velocidade lenta – Tempo de resposta lento
Os seres humanos tendem a esperar de três a quatro segundos para uma página carregar, se não carregar nesse período de tempo, não voltamos à página. Algo parecido acontece com o Google.
As webs que levam muito tempo para carregar tendem a ter classificações mais baixas. Isso geralmente acontece quando são usadas imagens não otimizadas, propagandas demais, etc. Esses sites irritam tanto ao usuário como aos mecanismos de busca e, consequentemente, têm seu rendimento SEO prejudicado.
Nada põe mais nossa paciência à prova do que uma web lenta. Atualmente, ninguém tem tempo para esperar alguns minutos para uma web carregar o conteúdo. A lentidão de uma página da Web fará com que os usuários deixem a web e busquem outros sites mais rápidos. Para remediar isso, o armazenamento em cache pode ser usado, ou mesmo um CDN.
Uma ferramenta que você pode usar para verificar se a velocidade de carregamento da sua página é apropriada é o W3C. Basta colocar o URL da sua página e a mesma fornece informações sobre os elementos a serem a otimizar para deixar tudo mais rápido e alcançar os padrões exigidos pelo Google.
8) Links quebrados – Erro 404
O Google está sempre atento para garantir que o conteúdo que oferece aos seus usuários esteja sempre atualizado, e é por isso que leva em conta todos os erros de cada web, mesmo os mais escondidos. Esses erros ocultos podem ser, por exemplo, o erro 404 ou ter links quebrados. Este erro transmite a incapacidade da web para fornecer uma experiência orientada ao usuário.
Se os links não estiverem atualizados, o Google vai entender que você não se preocupa com a experiência do usuário. Para remediar isso, é importante revisar periodicamente os links incluídos no site.
No Google Webmasters, você pode encontrar erros de rastreamento que o Google encontrou em seu site e trabalhar para corrigí-los. Outra ferramenta altamente recomendada para esta tarefa é o Screaming Flog, você só precisa colar o URL do seu site e a plataforma mostra o status de cada uma das páginas que o compõem. Se você encontrar um 404, deve identificar a causa e corrigir o problema para que a página possa ser visualizado novamente.
9) Comentários spam
A maioria dos sites tem um sistema automático para detectar comentários indesejados, mas ainda há comentários que escapam, por isso é importante estar ciente o tempo todo e revisar 100% dos comentários que a web recebe, se eles forem spam, a Web é prejudicada.
Sempre verifique os comentários dos usuários. Isso é importante para não ter links para sites não relacionados ao conteúdo que você compartilhou, que não incluam uma quantidade excessiva de links, etc. Caso encontre um comentário ruim, você pode excluí-lo e/ou marcá-lo como spam para que o Google veja que sua página está preocupada com o conteúdo e atualização.
10) Estrutura enganosa de páginas: uso excessivo de títulos H1
Um conteúdo cuidadosamente organizado ajuda no SEO, disso, ninguém duvida. Não há conteúdo melhor do que um material bem estruturado e visível para os usuários, mas isso não significa que devemos encher nosso conteúdo com tags H1.
A etiqueta de cabeçalho ou a marca <h1> em HTML, geralmente é usada no título de uma publicação ou em outro texto destacado na página. No geral, será o maior texto que se destaca, portanto, o que dirá mais sobre o conteúdo.
O uso excessivo de tags H1 pode fazer que o Google acredite que o que estamos tentando fazer é incluir palavras-chave no conteúdo e acreditar que estamos manipulando seus algoritmos. Isso sem falar que podemos sofrer outra sanção que já vimos, a do uso excessivo de palavras-chave.
Como regra geral, cada página do seu site deve ter apenas um H1.
11) Falta de otimização para dispositivos móveis
Todos nós, que temos um site, percebemos que a maioria de nossos usuários acessa nossas webs usando seus celular. Há cada vez menos pessoas navegando com um computador.
Antigamente, só nos preocupava que nossa página fosse otimizada para computadores, mas agora o Google está dando importância à otimização mobile. Isso é fato, os usuários preferem usar celulares, afinal, é mais fácil e estão sempre à mão.
É por isso que, se as páginas da web não estiverem otimizadas para dispositivos móveis, o Google entende isso como um sinal de que a web não se preocupa com a experiência dos usuários e, novamente, a página será penalizada.
Depois de analisar estas 11, das muitas razões que fazem o Google penalizar uma página, o resto só depende de nós. é preciso estar atento aos requisitos dos algoritmos do Google o tempo todo para poder rankear uma página corretamente.
Na verdade, o objetivo do Google não é penalizar as páginas, e sim oferecer a melhor experiência e beneficiar quem oferece conteúdo de qualidade, bem escrito e sem plágios. Definitivamente, todas as páginas que colaboram para tornar isso uma realidade, são beneficiadas pelo Google, de uma forma ou de outra.
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Sobre a autora
Sara López Alaguero é Marketing Manager da Trendhim. Adora escrever sobre moda e comunicações. Sara estuda Engenharia de Informática na VIA UC e é especialista em Marketing Online, SEO e Linkbuilding. Em seu tempo livre, trabalha como redatora para sites e jornais, além de escrever um diário pessoal onde narra suas experiências e hobbies: sara-lopez.com. Tem uma paixão pela ciência da computação e dedica seu tempo livre a investigar sobre esse campo e aprender o máximo possível.