Quem trabalha com gestão de redes sociais sabe que o tédio nunca teve lugar em sua rotina e que, agora em 2018, a coisa não vai ser diferente. Na verdade, não há problema algum nisso, o mais importante é estar atento às novas demandas e possibilidades para manter sua marca em destaque na mente do consumidor e estar alinhado com o futuro das redes sociais.
E por falar em consumidor, a maioria das mudanças sempre foi pautada pelo comportamento do usuário, suas preferências e necessidades. O engajamento e as conversões em plataformas como o Facebook, Pinterest e Instagram tornaram-se componentes fundamentais para qualquer estratégia de marketing e agora já conversamos com outros públicos.
Por exemplo, a Geração Z acaba de atingir a maioridade e mais mudanças são esperadas. As marcas precisam entrar na onda omnichannel e focar no que é mais importante para os novos consumidores. Só pra dar um exemplo, o Facebook deu um tiro certeiro quando conseguiu seduzir os usuários do Snapchat a migrar para o Instagram após oferecer as Stories também nessa plataforma.
Ok, mas, o que podemos esperar de novidades agora, em 2018? É exatamente o que vamos ver no artigo de hoje.
#01 Pinterest com foco no potencial do eCommerce
O Pinterest, que nasceu como uma plataforma baseada em Pins para inspiração, já começou a focar suas energias em ações que efetivamente convertam em resultados. Gradualmente, a rede tem oferecido opções in-stream para que os usuários possam comprar produtos. Esse movimento começou em 2017, com a inclusão de mais formatos de anúncios.
Esse comportamento está alinhado com a tendência geral de colocar o usuário, e não os produtos ou serviços, no centro do foco. De fato, Kate Ahl (Pinterest management company Simple Pin Media) endossa essa abordagem ao informar para o Social Media Examiner que a ideia é criar melhores anúncios, baseados nas buscas dos usuários para que os mesmos tenham acesso a conteúdos mais relevantes.
E com essa guinada e foco no eCommerce, o Pinterest faz a escolha certa, alinhando com um mercado que, só em 2017, movimentou nada menos do que 1.9 trilhão de dólares, de acordo com uma pesquisa da eMarketer. A aposta sobre o futuro das redes sociais neste caso? Marcar presença neste setor, que até 2020, deve atingir a casa dos 4 trilhões. Nada mal, não?
#02 Youtube e a geração de Leads
Ninguém pode questionar o potencial do Youtube quando o assunto é buscar informações sobre produtos e serviços ou mesmo quando as pessoas querem entretenimento. Aliás, o Cisco Visual Networking Index já afirmava que, até 2020, que 82% do tráfego mundial da internet seria gerado por vídeos.
E o YouTube não é o único que aposta no formato. O Facebook Live já mostrou a que veio e o Instagram soube aproveitar o interesse despertado pelo audiovisual para potencializar a visibilidade dos conteúdos publicados em perfis e histórias. Mas, o que esperar do gigante dos vídeos da internet?
Sunny Lenarduzzi, online business strategist, já destacava que a plataforma é muito mais do que um lugar para publicar vídeos e tem um grande potencial para geração de leads. No foco das novas tendências encontramos os vídeos 360° (alinhados com o interesse em Realidade Virtual) e o Live Streaming, acessível para empresas de qualquer porte.
Ah, ainda relacionando com a rede (uma das) de Mark Zuckerberg, a estréia do Facebook Watch, uma plataforma pensada para transmitir shows vai fazer com que o Youtube considere o fato de que o Face tem potencial para competir em pé de igualdade. O que pode ser uma disputa de vida ou morte entre ambos vai virar benefício para os marketers e community managers.
#3 Instagram ampliando suas funcionalidades para marcas
O Instagram não para de conquistar espaço, usuários e importância para marcas e consumidores. As Instagram Stories – como antecipamos no começo do artigo – foram a vedete de 2017. E como não seriam? São gratuitas e efetivas na hora de despertar o interesse dos usuários.
A tendência é que, com a inclusão das Stories Highlights e do Stories Archive, a plataforma continua apostando no desenvolvimento de funções extras para uma ferramenta que já comprovou sua popularidade. As Highlights permitem agrupar histórias e mantê-las disponíveis no seu perfil por quanto tempo você queira. O Archive mantém uma cópia para ser usada posteriormente.
E não esqueçamos dos números: de março a julho do ano passado, praticamente dobrou o número de empresas que usam o Instagram para negócios. Ou seja, de 8 milhões de companhias, apenas 6 meses depois, 15 milhões de marcas já disputavam a atenção dos usuários na plataforma das imagens.
Ainda sobre dados, Brooke B. Sellas (digital marketer and CEO at B Squared Media) defende que a publicidade no Instagram vai ganhar muito mais atenção em 2018. E não é para menos, um estudo da e-Marketer informava que, em 2017, o investimento em ads mobile estariam na casa dos USD 2.80 bilhões de, algo que o Insta conseguiu ultrapassar, com expectativas de USD 4.00 bilhões.
#04 Facebook e as novas apostas da maior plataforma
Não tem como deixar de lado a maior rede social do mundo na hora de falar de previsões para mídias sociais em 2018. Pra dar uma ideia, A Zephoria indica que há mais de 2 bilhões de usuários ativos mensais na plataforma, o que representa um aumento de 16% anual. Para citar a maior audiência, a SocialBackers mostra que Neymar Jr. tem nada menos do que 60 milhões de fãs.
Certo, mas o que os community managers podem esperar do futuro das redes sociais em 2018, quando o protagonista é o Facebook? Em primeiro lugar, melhores políticas de transparência, seguido de autenticidade e uma aposta à criação de comunidades. Houve mudanças significativas nos anúncios em 2017 e o Face deve apostar a corrigir erros e implementar novas mudanças em 2018:
Voltando às previsões, em relação à transparência, por exemplo, espera-se que a plataforma facilite a descoberta e configuração das informações que são exibidas por meio de anúncios patrocinados. O processo é manual, mas permite que os usuários tenham mais poder sobre o que preferem ver, diariamente, no newsfeed.
Do ponto de vista das marcas e anunciantes, também espera-se que o processo de descoberta de informações vai ficar mais simples, tudo para que as estratégias sejam mais eficientes. A OrganikDigital informou que a parte de Analytics vai ganhar mais recursos e proporcionará mais informações sobre como otimizar o rendimento de cada dólar investido em publicidade.
No quesito autenticidade, o foco sempre esteve no engajamento mais que nos resultados. A guerra de likes, shares e comments deve dar lugar a conversões concretas de produtos e serviços. Isso fica claro quando lemos o artigo sobre o Update da Advertising Transparency, principalmente quando os princípios de publicidade reforçam a necessidade de focar no usuário.
Por último, mas não menos importante, quando o falamos do sentimento de comunidade. A missão do Facebook é ‘Give people the power to build community and bring the world closer together’ (Em tradução livre: “Dar às pessoas o poder de criar comunidades e aproximar o mundo”). Isso significa que as marcas e anunciantes precisam entender melhor o usuário e o que faz que eles se emocionem.
Aliás, mais do que entender, é preciso construir comunidades sólidas, com conteúdos de qualidade, antes mesmo de pagar pelos anúncios. Motivo? Anunciar para públicos frios vai sair mais caro e ter menos alcance do que antes. Neste sentido, ou sua marca acerta em cheio na segmentação ou vai ficar mais difícil conectar-se com seu target.
#05 LinkedIn e as ferramentas para públicos de profissionais
O LinkedIn sempre foi uma rede que corre por fora do mercado mais selvagem da publicidade. Seja pela especificidade do público, ou melhor dizendo, do uso desta plataforma, as principais mudanças sempre foram mais dirigidas a fornecer mais ferramentas para o nicho específico, à formação de um networking profissional.
Por outro lado, para quem considera esta rede em seu calendário de publicações de mídias sociais, é bom ficar ligado em como criar conteúdos para LinkedIn que sejam eficientes. De acordo com um artigo da própria plataforma, o conteúdo continuará sendo mais importante do que a publicidade. No LinkedIn, especialmente, o que conta mais é a qualidade do conteúdo do que exibí-lo para uma multidão.
Foco no B2B é outra das tendências da rede social profissional. Para grandes marcas, o artigo também defende que os recursos pagos ficam melhores a cada dia e que mesmo marcas de pequeno porte têm, no LinkedIn, o melhor lugar para promover seus conteúdos.
Recapitulando em 3, 2, 1…
Além de considerar as redes de maior alcance e resultados, é fundamental ficar atento às tendências dos consumidores. O Marketing e os esforços em social media passam, necessariamente, pelo que as pessoas estão em busca, o que querem, do que precisam. E de fato, poderíamos dizer que a grande tendência de 2018 é colocar o usuário no centro das atenções.
Naturalmente, cada plataforma vem apresentando uma característica particular, ou potenciais possibilidades que devem ser aproveitadas por marcas e empreendedores individuais, independente de sua escala. Pinterest para vendas, Youtube para Leads, Instagram para posicionamento de marca, Facebook para tudo e mais um pouco e LinkedIn com sua aposta no mercado profissional.
A questão é, sua marca, seu empreendimento e suas estratégias de marketing de social media estão alinhados com as novas tendências? Já sabia de alguma das tendências que apresentamos no artigo de hoje? Se tiver dúvidas, deixe seu comentário, estamos à disposição para ajudar sua marca a crescer. Obrigado pela leitura e tempo dedicado e até o próximo artigo!