Qualquer ação de Marketing Online que você queira implementar deve ser SEGUIDA e MEDIDA para poder ser avaliada.
Além disso, saber como os usuários se comportam é fundamental para que sua companhia possa tomar decisões com base em dados. Assim, é possível melhorar suas estratégia de marketing digital.
Lembre-se:
DADOS VALEM OURO. Tudo tem a ver com tracking e testing.
Com isso em mente, siga acompanhando este guia no qual eu vou dizer como criar uma conta no Google Analytics, como instalá-lo na sua página web e quais são as métricas básicas dessa ferramenta, entre outras questões muito importantes como as que você vai ver agora.
Comecemos do começo?
O que é Digital Analytics?
Digital Analytics é a ciência que trata da “análise de dados quantitativos (quantidade) e qualitativa (qualidade) da sua página e dos concorrentes, algo que motiva a melhoria contínua da experiência online de seus clientes atuais e potenciais, de forma que isso seja aplicado na hora de atingir seus objetivos (on-line e off-line)“. (Avinash Kaushik)
Além disso, devemos levar em conta as dicas que compartilha o especialista em Marketing Digital, Nico Roddz e seu curso sobre Google Analytics na plataforma de aprendizado do Linkedin:
- Sem objetivos ou ação, tudo é só relatório;
- Não esqueça que a Internet é o canal mais mensurável;
- Análise e interpretação de dados: boas perguntas conduzem a boas otimizações.
Quais são as métricas e os KPIs do Google Analytics?
Métricas e KPIs são dois conceitos que você precisa entender muito bem. É super simples. No primeiro caso, são números ou porcentagens que indicam o que está acontecendo na sua página. Nem todas as métricas são as mesmas.
Se você tivesse um e-commerce, qual, de todas essas métricas, você acha que seria mais importante? Sem dúvida, o ticket médio: quanto os clientes gastam, em média, quando compram.
Os KPIs (Key Performance Indicator – indicador de desempenho chave ou indicadores de gestão) têm a função de mostrar se estamos cumprindo nossos objetivos ou não.
Ou seja, as métricas padrão servem para conhecer QUANTIDADES (visitas, cliques, e-mails enviados, visualizações de páginas, etc.), os KPIs estão intimamente relacionados com o objetivo rentabilidade.
Ainda que existam KPIs gerais, cada projeto deve construir seus próprios indicadores, que permitam determinar o nível de eficiência de suas ações.
Conceitos-chave do Google Analytics que você precisa conhecere antes de criar uma conta
- Dimensões no Google Analytics: características ou atributos do usuário ou de uma sessão. NÃO SÃO MÉTRICAS. Exemplos: o tipo de navegador, o país de origem do usuário, como ele chegou (a origem do tráfego), a palavra-chave usada e assim por diante. Essas dimensões vão lhe ajudar a segmentar as informações. Lembre-se disso: dimensões + métricas = SEGMENTOS.
- Os eventos no Google Analytics: são as interações que o Google Analytics não mede por padrão. Ou seja, o que ele não vê. Podem ser: clicks em botões, formulários sem uma thanks page, reproduções de vídeos, etcétera. Se você aplicar o rastreamento de “Eventos”, você poderá ajustar, por exemplo, seu percentual de “rebote” (usuários que entram em seu site, navegam, clicam em um botão ou fazem o download de algo e saem). Como implementá-lo? O mais eficaz é usar Google Tag Manager (mas você terá que aprender um pouco para saber como funciona).
- Segmentos no Google Analytics: trata-se de agrupar os dados por padrões ou características comuns, para melhor entendê-los. Alguns exemplos: segmentação por localização geográfica, canal de Marketing, por tipo de cliente (quais páginas visitam, quais produtos eles compram, etc.). Segmentar é olhar para os dados com o LUPA.
- Objetivos e conversões: sua página web, existe para quê? Para vender produtos (loja de comércio eletrônico) ou para gerar contatos (prospecção)? Tudo isso tem a ver com o OBJETIVO. Há muitos outros objetivos. Você decide o que motiva sua presença na internet. Agora vejamos a CONVERSÃO. Simples: é converter a visita naquilo que definimos como objetivo. Se quisermos vender um produto, precisamos transformar uma visita em um COMPRADOR.
Para fechar esse tópico, é preciso dizer que você vai ter que configurar o Google Analytics com base no seu objetivo de conversão e de acordo com a razão da existência da sua página (OBJETIVO GERAL). Você já sabe qual é? Se ainda não definiu, pense nisso!
Como criar uma conta no Google Analytics?
É um processo muito fácil. Você só precisa ter uma conta de e-mail e um site.
Uma vez no ambiente interno, o dashboard tem essa aparência:
- Faça o login em www.google.com/analytics
- Se você já tem uma conta, faça o login. Caso contrário, clique em “Criar uma conta”.
- O sistema solicitará que você se registre e informe seus dados pessoais e o site.
- Você só pode rastrear uma página se puder ter acesso ao código HTML da mesma. Isso significa que você não pode acessar dados de páginas de terceiros.
- Depois de terminar de completar todos os campos, clique no botão “Obter ID de rastreamento” e pronto, você já possui sua conta do Google Analytics. O ID de rastreamento tem a ver com a forma como esta ferramenta funciona: cookies. Sabe o que são? São arquivos hospedados no navegador do usuário e que armazenam informações. Depois, o código de acompanhamento do Google Analytics manda tudo aos servidores para processamento.
O código de seguimentoi é o que você precisa incorporar a sua página. Agora mesmo, vamos ver essa parte.
Como instalar o Google Analytics?
Este passo é exatamente o que permite validar, frente ao Google, que você é o proprietário do site que você indicou na etapa anterior. Claro, isso permite que você comece a receber dados.
Como fazer isso? Você precisa copiar o código de rastreamento (que você recebe depois de criar uma conta no Google Analytics) e usar em todas as páginas do seu site.
Se você tem um programador responsável pela sua página, ele vai saber como fazer todo esse processo. Caso contrário, você precisa saber que a maioria das plataformas (como o WordPress) possui plugins ou módulos que permitem instalar o Google Analytics de forma automática.
Agora é hora de explorar a ferramenta. Você tem inúmeras opções à sua disposição. Para aprender tudo o que você pode fazer, a saída é experimentar e se apoiar no aprendizado online (tutoriais, guias, vídeos, etc.
DICA: É IMPORTANTE EXCLUIR A OPÇÃO DE RECOLEÇÃO DE DADOS FEITA PELO GOOGLE ANALYTICS. Muitas vezes, as pessoas da sua equipe ou você mesmo entram o tempo todo na própria página. Todas as ações que você faz serão armazenadas pelo Google. Devemos evitar que os acessos pessoais contaminem as informações que o Google registra.
Quais são as métricas básicas do Google Analytics?
1.- PAGES VIEWS
Trata-se do número total de páginas carregadas durante uma sessão (desde que o usuário entrou no site até o momento em que ele sai).
Vamos supor que um usuário, no Google, faça a seguinte busca: como anunciar na internet.
O primeiro anúncio é do Facebook. Suponha que o usuário entre nessa página. Neste preciso momento, a sessão começa. Aí, o visitante entra em cerca de 6 páginas que têm as informações que busca, e depois sai. Fim de sessão.
A métrica “page views” conta somente esse número: as seis páginas que o usuário visitou durante a sessão.
ATENÇÃO: O Google Analytics também conta as páginas recarregadas (quando o usuário “atualiza” a mesma página) e a exibe como tal. O que você pode fazer não é contar no seu relatório.
A interpretação desses dados é bastante simples: quanto maior o número de páginas vistas, maior a interação dos usuários com seu site. É um fato positivo.
2.- VISITAS / SESSÕES
Já falei sobre o que é uma SESSÃO, de que se trata, quando começa e quando termina. Mas, o que o usuário faz durante o tempo que dura uma sessão? Aproveite para realizar outras ações, além de checar as page views. Todo esse conjunto de interações está dentro do termo SESSÃO.
Interações possíveis: transações, tempo médio da sessão, páginas que visitadas, abandono ou qualquer evento que você configure.
Tenha em mente que a sessão é renovada automaticamente a cada 30 minutos (você pode alterar esta configuração), à meia-noite e dependendo das campanhas a partir das quais o usuário chega (se vêm de uma campanha do Adwords, depois de 30 minutos, a sessão é reiniciada e o usuário retorna ao site através de outra campanha, as duas ocorrências são registradas).
3.- TEMPO NO SITE
Esta métrica também é muito importante. Já disse isso antes, mas repito: meça o tempo de interação de um usuário com seu site.
O que fazer para que esse tempo seja o mais preciso possível? Personalize a ferramenta. Existem duas formas de configurar a análise:
- Pela opção “Sem interação na última página”. Exemplo: um usuário procura o seguinte: ‘marca d’água em fotos’, entra no primeiro resultado do Google às 21:00 hs. Às 21:05 entra em outra página e, às 9h10 a última. O relógio para nessa última página visitada. A hora do site será de 10 minutos. Mas, não vamos saber por quanto tempo ficou na última página. Falta precisão.
- Com a opção “Com interação na última página“. Usando o mesmo exemplo acima e assumindo que o usuário entrou no site às 21:00hr da noite e visitou a última página às 21:10hr , mas ficou até as 21:15hr. O tempo de sessão inclui tudo o que o usuário fez: o relógio só corta quando há inatividade. Esta opção é muito mais precisa.
4.- PORCENTAGEM DE REBOTE
Esta é uma das métricas assustadoras: é a porcentagem de usuários que chegam ao seu site, com apenas uma única interação e saem. Essa única interação se refere à página de entrada.
Se, em 100 sessões, 50 usuários abandonam a página, você tem uma taxa de retorno de 50% (100 – 50). Como interpretar esses dados? Depende do contexto. Porque isso não é tão simples assim.
O Google Analytics não leva interações como scroll, os comentários feitos, a visualização de vídeos, etc. Lembra da categoria Eventos? Precisamente para esse fim, usa-se a configuração dos eventos. Para neutralizar as ações invisíveis para o Google Analytics.
Isso não significa que não haja abandono. Um usuário que entra em uma página e sai, deve ter seus motivos. Pode ser por causa das propagandas, de uma má experiência, ser parte de tráfego irrelevante, etc.
5.- VISITANTES ÚNICOS
A métrica de “visitantes únicos” faz referência ao número único de usuários não duplicados.
Vamos voltar aos cookies para entender melhor essa métrica. Eu disse que os cookies são arquivos que ficam armazenados no navegador do usuário para armazenar informações relativas ao acesso. O que o Google identifica como “pessoa” é um cookie, um arquivo.
Cada usuário é um cookie exclusivo. O que há de errado com isso? Que o volume de usuários únicos é sempre maior do que parece. A razão é simples: se você carregar o mesmo site em três navegadores diferentes, o Google Analytics entende o acesso por cada browser como um usuário novo.
Mesmo assim, a tecnologia continua avançando, e já existem algumas formas de reduzir essa margem de erro. Mas isso é assunto para ver em outro artigo, quando você continue avançando e melhorando seus conhecimentos sobre Google Analytics.
E aqui termina o guia de hoje. Eu acho que é uma boa maneira de começar a explorar uma das ferramentas mais importantes do mercado quando o objetivo é melhorar sua estratégia de marketing digital. Sem dados, nada é possível.
Espero que o material tenha sido útil para você. Se tiver comentários, sugestões, perguntas, faça um comentário! E muito obrigado por vir aqui!