Sua página é linda – ou pelo menos você acha que sim-, mas… Você quase não tem tráfego. Ninguém visita, ninguém passa pra tomar um café, ninguém comenta seus posts. Algo deve estar faltando, não? Pois neste artigo vou dar uns toques sobre otimização de sites pra melhorar a performance da sua web.
Você já sabe o que significa SEO, não preciso desdobrar a sigla; mas costumo dizer que otimizar uma página é arrumar a casa pro Google lembrar que você existe. E não é só passar uma vassoura; você tem que cuidar do jardim, pintar a fachada, consertar a iluminação e – importantíssimo – não esqueça de colocar o número do imóvel, enorme, no portão da frente. E é melhor deixar tudo dereitinho, você não vai querer assustar as visitas.
Metáforas à parte, qualquer analogia semelhante serve pra mostrar que há vários pontos que o amigo Google analisa antes de sugerir pros outros que você tem um lugarzinho que vale a pena conhecer. Ah, se antes falei de aspectos físicos – de “reforma” – ainda tem o lado social, relacionar-se bem com os vizinhos; é, companheiro, você vai ter que se transformar num cidadão online perfeito.
Pra nossa felicidade, quando começar a trabalhar com otimização de sites , boa parte das variáveis SEO pode ser controlada. Pra complicar, tem coisas que só mudam com o tempo. Melhorar uma reputação online pode levar alguns meses, por mais que você se esforce, mas gera resultados a longo prazo.
Mau exemplo de Otimização de Sites
Um exemplo quase offtopic que ilustra esse último ponto: trabalhei como gestor de conteúdos pra uma agência de viagens Mexicana tipo a Decolar.com. Acontece que… Na versão .com.br, o Google entendeu que a tal agência era um guia de atividades, e não uma empresa de viagens.
Então, tudo que falava de programas se posicionava super bem – tipo Baladas em Salvador, mas os pacotes, promoções, passagens, ficavam lá atrás nas páginas de busca.
* Ou seja, todo nosso trabalho já começou focado em reverter essa imagem. Tudo isso se deve ao fato de que, quando lançaram a web Brasil, a otimização privilegiou keywords, metadescriptions & etc mais relacionados aos programas. Pois é, você tem que arrumar a casa, mas tem deixar tudo direitinho e dirigido ao que realmente importa.
Pois, vamos lá. Montei o artigo em tópicos precisos pra você revisar ponto por ponto, independente da ordem. Papel e caneta na mão – melhor dito, Sticky Notes aberto?
Estrutura da página
Foi-se o tempo em que, pra acessar uma informação, você tinha que entrar em infinitos sub níveis de uma web. Um clic, dois cliques, três, quatro…e de repente você já não sabe nem como chegou naquela parte. Se a estrutura de uma página é muito profunda, fica mais difícil pro Google chegar ao final desse emaranhado de URLs.
Recomenda-se organizar a página com, no máximo, três níveis de profundidade – sem contar com a mainpage. Em outras palavras, pense horizontal, e não vertical. Nas imagens acima dá pra notar que o acesso a qualquer informação da página está a 3 cliques, e não lá no final do labirinto. Isso é bom não só pro Google, mas também pro usuário. E se o usuário curte, o Google vai saber, ah se vai.
Título da página (atributo <title>)
Aí está um dos elementos mais importantes no que se refere ao on-page SEO da sua web. Muita gente esquece de editar esse campo, o que não facilita a tarefa de indexação de uma URL nos veículos de busca. Ao invés de aparecer “Untitled Document”, você pode, digo, deve inserir o texto que vai dar nome à sua página.
É a info que sai na aba que tem a sua web aberta, ali no navegador. Além disso, também é a que aparece nos mecanismos de busca quando oferecem o listado de opções.
A boa notícia é que é super fácil corrigir o erro, é só editar o HTML no código fonte, a tag se chama <title>; simples assim. Mas, não só escrever qualquer coisa, antes de mudar, considere os seguintes fatores:
– Não deixe de incluir algumas Keywords relacionadas;
– Não ultrapasse a quantidade de 70 caracteres. O Google vai diretamente ignorar a info se estiver em excesso. Muitas palavras podem também minimizar a eficiência da keyword presente;
– Quando escreva a palavra-chave, localize-a no começo do título;
– Não deixe o nome da sua empresa de fora desse campo;
– Importante: em cada sub página, crie page titles diferentes. Cada um deles é uma oportunidade para posicionar palavras-chave alternativas e diretamente relacionadas.
Meta description
Tem gente que dá bola, tem gente que ignora. Pois bem, a meta description se trata de um atributo – tá mais pra uma Tag – HTML que tem como principal objetivo oferecer uma descrição do conteúdo da sua página, que será exibido pelos mecanismos de busca.
O campo, que deve estar localizado na <Head> do código HTML, não influencia diretamente no posicionamento de uma web, mas acarreta em outros dois fatores super importantes
– Influencia a quantidade de visitas. Quando um usuário encontra a sua página no Google, decide ou não entrar pra verificar a informação. É exatamente a meta description que fornece uma parte das informações exibidas. Logo, se o texto é bom e chama a atenção, você tem mais chances de conseguir outro clic.
– Influencia na difusão. Muitas redes sociais mostram o atributo meta description na exibição de páginas compartilhadas. Ou seja, um texto bem bolado terá mais chances de fazer com que os seguidores de um perfil pessoal ou institucional entrem na sua web.
* Ah, se mais gente entra, o Google entende que ela merece ser vista e melhora o seu ranking.
Quer fazer algumas experiências? Você pode provar algumas variáveis com a ferramenta SEOmofo. É um tipo de simulador de SERPs (Search Engine Results Page). E é de graça.
Não repita a mesma meta description em todas as suas páginas, sua web pode ser punida por conteúdo duplicado. Também não use o mesmo texto do título e, jamais, jamais deixe em branco.
Cabeçalhos ou Headings
Usar o código correto para destacar as informações corretas é um dos recursos mais potentes pra tunnar o SEO da sua web. É assim que informamos aos buscadores de que se trata o conteúdo de uma página. O uso é simples e direto, mas muita gente não está bem informada a respeito.
O atributo sempre teve peso no posicionamento dos motores de busca desde o princípio, isso não é uma modinha passageira, amigo. Desde a hora de criar a maquete do desenho da página até os conteúdos que serão publicados, deve estar presente onde quer que seja necessária.
Resumidamente, cada um dos códigos – <h1>, <h2>, <h3>….- tem uma função específica. Veja quais são:
<h1> Indica o título do conteúdo de uma página. É pra falar daquela página em si, não de toda a sua web. Tente sempre incluir a keyword principal nesse campo. Melhor se for um texto curto, pra não diluir a importância da palavra-chave.
<h2> Representa os intertítulos mais importantes do seu conteúdo. Os h2 servem pra deixar claro do que se está falando em cada sub tópico do texto. Aqui, neste artigo, foi usado em “Estrutura da página”, “Título da página (atributo <title>)”, Meta Description, etc.).
<h3> São os subtemas de cada parte de seu conteúdo. Não possuem uma influência tão grande no SEO. Mesmo assim, quando use o atributo, tente sempre relacionar o conteúdo de cada um entre si. Ou seja, é importante manter a coerência entre os termos que figurem nestes campos.
Do <h4> pra frente, a influência nos buscadores é quase nula, algo semelhante à de um texto sem atributos.
Indexabilidade
Você já ouviu falar no robot do Google, que passa o tempo todo procurando novas páginas. Será que a sua foi “encontrada”? Pois é, constantemente os mecanismos de busca varrem a internet à procura de novos conteúdos publicados, o melhor é se fazer beeeeeem visível pra esses pequenos inspetores.
Você pode ver se está corretamente indexado, é só usar o comando “site:” pra sua web no campo de buscas. O que o recurso faz é mostrar quantas páginas de nossa web estão corretamente catalogadas.
Pra nossa sorte, está tudo ok com a página do Poscron. O importante aqui é comparar a quantidade real de páginas que você possui com o número encontrado nessa prova. A partir daí, três cenários possíveis:
Número similar: Tudo ok, você vai bem.
Menos páginas: Estão faltando algumas URLs, melhor dar uma olhada e corrigir.
Mais páginas: Alerta, o Google crê que você tem conteúdo duplicado interno e pode punir.
* No caso de ter menos páginas, é possível que o seu arquivo robots.txt esteja bloqueando o acesso a algumas das informações que você tem publicadas.
Velocidade de Carga
Sabe quando uma página demora anos pra carregar? O Google também presta atenção nesse ponto, e muito. Além de tudo, nada pior do que ficar esperando uma informação se há milhares de outras webs que podem dizer o mesmo e mais rápido. Pra saber como anda a sua velocidade de carga, pode usar o recurso PageSpeed Insights do Google.
A ferramenta também sugere tudo o que pode ser modificado para que a sua página se carregue mais rápido. Também exibe a sua performance em dispositivos móveis, bem como uma lista específica para este meio.
Imagens
Sempre elas – a gente não cansa de falar de imagens -, têm um papel importantíssimo na sua página e na otimização SEO. Além de melhorar a experiência do usuário, as imagens interferem em algumas leituras nos buscadores.
– Não usar imagens demais. Isso quer dizer que a página vai demorar muito mais pra carregar. Se demora, o Bounce Rate é maior e você não recebe uma nota legal.
– Não esqueça do ALT text das imagens. Sempre associe textos às gráficas. O ALT pode ser modificado no código HTML e normalmente editores como o do WordPress permitem abrir uma janelinha onde você insere o atributo.
– Inclua keywords no nome do arquivo. Dar atenção à essa parte contribui ajuda a chamar mais tráfego relevante, principalmente quando o usuário está procurando alguma foto pelo buscador de imagens. Dica: separe os nomes compostos por hífen.
Melhorou?
Seguindo estes passos, o seu rank deveria começar a apresentar melhores resultados em curto/médio prazo. De fato, há outros detalhes para os quais dar atenção, quero falar neles mais adiante, mas por hoje a gente fica por aqui. Espero ter sido útil e até já já!
